sábado, maio 30, 2015

LEITURAS EM LUGARES PÚBLICOS

Dois leitores, dois livros, um só dia, uma só linha do metro (a amarela, que nunca foi nossa intenção menosprezar): "Duas Horas de Leitura", de Camilo Castelo Branco, e "A Utopia", de Thomas More (Tomás Morus na edição da Guimarães).

Já agora, a verdadeira Utopia seria a linha verde voltar a ter pelo menos 4 carruagens, acabando-se assim com os espectáculos degradantes de empilhamento humano e corridas esbaforidas quando se acede ao cais pelo lado errado. Mas é melhor não irmos por aí.

sábado, maio 16, 2015

LEITURAS EM LUGARES PÚBLICOS

Méfiez-vous du jeune homme ou de la demoiselle qui devant vous sur le siège du métro s'absorbent sans pudeur dans la lecture d'un roman : cet obscène abandon aux plaisirs du livre les relègue déjà aux marges du corps social et de l'ordre établi. Ils risquent bien de vouloir un jour configurer le monde à leur fantaisie.

(William Marx, "Manies et lubies des érudits", Magazine Littéraire, Octobre 2012)

quinta-feira, maio 07, 2015

segunda-feira, maio 04, 2015

LEITURAS EM LUGARES PÚBLICOS

Na linha amarela, um leitor que parecia demasiado jovem para se preocupar com os arcanos morais de Raskolnikov lia "Crime e Castigo".

No cinema São Jorge, antes da projecção, um leitor lia "The Old Curiosity Shop", de Dickens. A leitura antes do cinema é um prazer demasiadas vezes negligenciado.

domingo, maio 03, 2015

SNOOKER

Este campeonato do mundo de snooker foi um rosário inédito de decepções e frustrações. Em todos os seis encontros dos quartos de final e meias-finais, o jogador que eu apoiava perdeu. Nunca uma final me deixou tão frio: Shaun Murphy, com quem antipatizo, defronta Stuart Bingham, um jogador ligeiramente menos excitante do que um cubo de cimento e que ainda por cima teve o desplante de eliminar o meu ídolo maior, o genial Ronnie O'Sullivan. Esperemos por tempos melhores.

sábado, maio 02, 2015

Ó LOVES K

O realizador Vicente Alves do Ó declarou ao "Metro" (29/4/2015) que os seus autores preferidos são Chekhov, Sophia e KLEIST. Fica a merecidíssima chapelada pelo excelente gosto. E até me arrependo de não ter visto o seu "Florbela".