domingo, agosto 31, 2008
- Steeve Guénot (luta greco-romana, 66 kg)
- Alain Bernard (natação, 100m livres)
- Equipa masculina de sabre (esgrima)
- Equipa masculina de espada (esgrima)
- Anne-Caroline Chausson (ciclismo, BMX, individual)
- Julien Absalon (ciclismo, VTT, individual)
- Equipa masculina (andebol)
A França obteve um total de 40 medalhas (7 de ouro, 16 de prata, 17 de bronze). Isto representa, em comparação com o que sucedera há 4 anos, em Atenas, menos medalhas de ouro (7 contra 11) mas mais medalhas no total (40 contra 33). A França ganhou medalhas nas seguintes modalidades: ciclismo, esgrima, luta greco-romana, natação, andebol, atletismo, pugilismo, canoagem, ginástica, halterofilia, judo, vela, remo, taekwondo, tiro e tiro com arco, ou seja um notável total de dezasseis modalidades. Estes números ilustram bem o que foi a participação da equipa francesa nestes Jogos: um grande número de atletas de muito alto nível em diversas modalidades, uma dispersão muito considerável das medalhas por disciplinas diferentes, mas, ao mesmo tempo, a ausência de um grande campeão (Alain Bernard seria o único candidato) capaz de deixar a sua marca e de servir de rosto para o sucesso da delegação, como o fizeram, em tempos idos, atletas como David Douillet, Laure Manaudou ou Laura Flessel.
- Correr como barata tonta atrás dos atletas portugueses, atribuindo prioridade absoluta aos seus desempenhos e às suas reacções, tanto as que acabaram por entrar para o anedotário nacional como as que não entraram.
- Repetir as notícias e reportagens relativas aos portugueses vezes sem conta, até à náusea.
- Quando o número de repetições excedesse os padrões da pouca vergonha (já nem falo dos padrões do bom senso), mostrar o Michael Phelps: Michael Phelps a nadar, Michael Phelps a ouvir música antes de uma prova, Michael Phelps a celebrar, Michael Phelps a trautear "The Star-Spangled Banner", Michael Phelps a mostrar SMSs no seu telemóvel em plena conferência de imprensa.
- Quando já tudo tinha sido dito sobre Michael Phelps, mostrar mais Michael Phelps, ou mostrar cidadãos anónimos (Kobe quê???) a falar sobre Michael Phelps.
- Quando, por acaso ou por descuido, Michael Phelps e as soporíferas controvérsias derivadas das declarações de Marco Fortes ou Vicente de Moura cediam o tempo de antena a transmissões das modalidades, atribuir preferência àquelas modalidades que merecem destaque durante o resto do ano (futebol, ténis), evitando a todo o custo a divulgação de modalidades menos vistas.
Tudo isto na companhia de Laura Santos e de Paulo Catarro, dois exemplos instrutivos de falta de dinâmica e nula presença televisiva. Junte-se a isto a inexplicável decisão de repetir, diariamente, e quase palavra por palavra, no jornal olímpico da RTP2 o que fora dito no jornal olímpico da RTP1, meia hora antes (em benefício dos milhões de telespectadores que têm acesso ao segundo mas não ao primeiro canal); as inúmeras imprecisões na divulgação de resultados (uma das mais hilariantes consistiu no aparecimento de uma bandeira do Chile, em vez da China, no topo do quadro das medalhas); o desastroso sentido do timing (um exemplo entre muitos: interrupção da transmissão do atletismo nos momentos decisivos do lançamento do peso masculino, para passar publicidade institucional). A mensagem é clara: ou por falta de meios, ou por falta de hábito de lidar com as grandes competições desde o aparecimento da SporTV, não se pode contar com a televisão pública para cobrir com eficácia qualquer evento de maior envergadura do que uma supertaça de futsal, ou um concurso de saltos de cavalo no Campo Grande.