terça-feira, junho 29, 2010
PLEC = PROCESSO DE LEITURA EM CURSO:
Não há mais livros da série Tom Ripley para ler. Este foi o último. Isso deixa-me triste. Era bom que houvesse mais. Queria que houvesse tantos livros de Tom Ripley como de Pepe Carvalho, ou da colecção "Uma Aventura". Mas a realidade que temos é esta, e nenhuma outra.
segunda-feira, junho 28, 2010
PLEC = PROCESSO DE LEITURA EM CURSO:
Leitura motivada em parte por ter tombado, um pouco por acaso, no relato do encontro de Iris Murdoch com Raymond Queneau, e em parte por ser Queneau, de há muitas décadas a esta parte, um dos meus autores de língua francesa favoritos. O PLEC faz-se de acasos e de convicções arreigadas, em garrida e sonora sinergia!
Murdoch referiu-se a Queneau como um "charming ex-surrealist", designação tão curiosa como esta frase sua: «Part of me wants to be Raymond Queneau, another wants to be Thomas Mann» (Peter J. Conradi, "Iris Murdoch - a Life", HarperCollins).
(Ver também isto.)
CLUBE DOS BLOGS MORTOS CADA VEZ MAIS BEM FREQUENTADO: Já se passaram meses, mas ainda não me conformei com o suicídio do "Vermelho e o Negro". Pode ser impressão minha, ou falta de atenção às novidades primavera-verão, mas quer-me parecer que ganha volume a tendência para se calarem as vozes mais originais da blogosfera, e para eclodirem, ocupando canhestramente o espaço deixado vazio, cada vez mais polemistas papagueantes, insonsos e falsamente ousados.
OS TÍTULOS SÃO IMPORTANTES: Acontece-me pelo menos uma vez por ano relembrar uma convicção antiga: "A Hora da Sensação Verdadeira" (Peter Handke) é um dos mais belos e profundos títulos de toda a literatura.
Há o paradoxo, ou simulacro de paradoxo (pode uma sensação ser verdadeira)? Há a discreta transição de centro de gravidade, da "sensação" para a "hora", sugerindo que a vivência temporal (balizada por imensidões, antes e depois) é mais importante que a sensação propriamente dita. Há, por fim, a persistência do elemento de autenticidade, dessa "verdade" que é e foi ponto de fuga último de tantos percursos pessoais e tantas narrativas trágicas.
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