Felizmente, nunca faltou quem persistisse nessa aposta insensata, por vezes (quase?) com sucesso.
segunda-feira, setembro 23, 2013
E NADA MAIS QUE O CINEMA
Quando, numa das últimas cenas de "Tokyo Monogatari", a câmara de Ozu enquadra esses actores sublimes e grandiosos chamados Chishu Ryu e Setsuko Hara de encontro ao céu cinzento e uniforme, ao horizonte montanhoso e às inevitáveis linhas de alta tensão, custa a acreditar que o cinema tenha alguma vez podido voltar a ser feito de maneira tão intensa, tão dura, tão do tamanho do ser humano.
Felizmente, nunca faltou quem persistisse nessa aposta insensata, por vezes (quase?) com sucesso.
Felizmente, nunca faltou quem persistisse nessa aposta insensata, por vezes (quase?) com sucesso.
terça-feira, setembro 17, 2013
LEITURAS EM LUGARES PÚBLICOS
Linha verde do metropolitano. Leitora lia "O Retrato de Dorian Gray", de Oscar Wilde. Que a terra me engula se não for verdade.
segunda-feira, setembro 09, 2013
PÉROLAS DA PARIS REVIEW:
MARTIN AMIS: Well, I did one [signing session] with Roald Dahl and quite predictable human divisions were observable. For him, a lot of children, a lot of parents of children. With Julian Barnes, his queue seemed to be peopled by rather comfortable, professional types. My queue is always full of, you know, wild-eyed sleazebags and people who stare at me very intensely, as if I have some particular message for them.
(The Paris Review Interviews, Vol. 3)
(The Paris Review Interviews, Vol. 3)
quinta-feira, setembro 05, 2013
THE MASK SLIPS
But the larger point here, surely, is that Rehn has let the mask slip. It’s not about fiscal responsibility; it never was. It was always about using hyperbole about the dangers of debt to dismantle the welfare state. How dare the French take the alleged worries about the deficit literally, while declining to remake their society along neoliberal lines?
(Paul Krugman)
Que haja quem o escreva, com todas as letras, e que haja quem o leia.
(Paul Krugman)
Que haja quem o escreva, com todas as letras, e que haja quem o leia.
quarta-feira, setembro 04, 2013
LEITURAS EM LUGARES PÚBLICOS
No cais da estação Campo Grande, linha verde, sentido Telheiras, um leitor lia "David Copperfield", na edição da Relógio d'Água.
Dickens rula! Sempre rulou e sempre há-de rular.
Dickens rula! Sempre rulou e sempre há-de rular.
segunda-feira, setembro 02, 2013
ESTAMOS ENTENDIDOS
Quando um Primeiro-Ministro se sai com uma destas...
ficamos a saber, de uma vez por todas, que foram abolidos todos os limites para a demagogia, a desfaçatez e a falta de sentido democrático. Obrigado ao Primeiro-Ministro por ajudar a dissipar quaisquer dúvidas que alguns ingénuos ainda pudessem alimentar a este respeito.
(Ler também: "Para que serve esta merda?".)
“Já alguém perguntou aos 900 mil desempregados de que lhe [sic] valeu a Constituição até hoje?”
ficamos a saber, de uma vez por todas, que foram abolidos todos os limites para a demagogia, a desfaçatez e a falta de sentido democrático. Obrigado ao Primeiro-Ministro por ajudar a dissipar quaisquer dúvidas que alguns ingénuos ainda pudessem alimentar a este respeito.
(Ler também: "Para que serve esta merda?".)
Subscrever:
Mensagens (Atom)