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"Primavera", Kees van Dongen, 1908 |
sábado, junho 25, 2016
quarta-feira, junho 15, 2016
LEITURAS EM LUGARES PÚBLICOS
Um leitor lia um livro de Horacio Quiroga na linha verde do metropolitano. Pareceu-me tratar-se de "Contos da Selva", na edição da Cavalo de Ferro.
Horacio Quiroga foi um escritor uruguaio que nasceu em 1878, em Salto, e faleceu em 1937, em Buenos Aires.
Horacio Quiroga foi um escritor uruguaio que nasceu em 1878, em Salto, e faleceu em 1937, em Buenos Aires.
quarta-feira, maio 11, 2016
LEITURAS EM LUGARES PÚBLICOS
Um leitor lia "A Criação do Mundo", de Miguel Torga. Uma leitora lia "Contos do Gin-Tonic", de Mário-Henrique Leiria. Isto passou-se nas linhas verde e amarela do metropolitano. Tentar recordar se era o Torga na amarela e o Leiria na verde, ou vice-versa, é esforço demasiado para a minha memória. Viva a diversidade da literatura portuguesa!
LIVRO
O meu livro "O Leão de Belfort" já está à venda nas boas casas. É inútil
procurarem nas más casas: não o encontrarão lá. Numa época em que os
apelos ao consenso chovem de todos os lados, eu apelo ao consenso dos
leitores em torno da excelência literária desta noveleta e do seu
potencial para criar novos paradigmas.
terça-feira, maio 03, 2016
La femme de Cézanne avait dit à Matisse, la seule fois où ils se rencontrèrent, que son mari était «un vieil imbécile qui n'entendait rien à l'art et n'avait jamais compris ce qu'il faisait».
(Anne Martin-Fugier, "La vie d'artiste au XIXe siècle", Pluriel.)
(Anne Martin-Fugier, "La vie d'artiste au XIXe siècle", Pluriel.)
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"Madame Cézanne na estufa", Paul Cézanne, 1892 |
segunda-feira, abril 25, 2016
domingo, abril 03, 2016
LEITURAS EM LUGARES PÚBLICOS
Na linha verde do metropolitano, uma leitora lia "Aprendendo a Silenciar a Mente", do líder espiritual indiano Osho. O facto de o livro estar apoiado num enorme caixote de morangos com um ar apetitoso, aparentemente acabados de comprar no Pingo Doce, acrescentava uma nova dimensão a esta louvável busca pelo silêncio da mente.
terça-feira, março 29, 2016
ALERTA DE CONTO
A edição de primavera da revista "Somos Livros", distribuída
gratuitamente nas livrarias Bertrand, inclui um conto de minha autoria. O
conto intitula-se "Em Coimbra" e o mínimo que se pode dizer é que
cumpre com todo o denodo aquilo que promete, uma vez que se passa
precisamente em Coimbra. Não há desculpas para não lerem, excepto estas:
não terem tempo a perder; não terem nenhuma Bertrand ao pé de casa;
qualquer outra desculpa.
quarta-feira, março 23, 2016
terça-feira, março 22, 2016
SES PATTES CROTTÉES
Le ton des chairs est sale, le modelé nul. Les ombres s'indiquent par des raies de cirage plus ou moins larges. Que dire de la négresse qui apporte un bouquet dans un papier et du chat noir qui laisse l'empreinte de ses pattes crottées sur le lit?
(Théophile Gautier, 1865. A propósito do quadro de Manet.)
(Théophile Gautier, 1865. A propósito do quadro de Manet.)
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"Olympia", Édouard Manet, 1863 |
sábado, março 19, 2016
terça-feira, março 15, 2016
On est toujours étonné aujourd'hui par les distances que l'on n'hésitait pas à parcourir à pied au XIXe siècle. Puvis de Chavannes, par exemple, faisait dix kilomètres par jour pour se rendre de Neuilly-sur-Seine, où il habitait, à son atelier, Place Pigalle.
(Anne Martin-Fugier, "La vie d'artiste au XIXe siècle", Pluriel.)
(Anne Martin-Fugier, "La vie d'artiste au XIXe siècle", Pluriel.)
terça-feira, março 01, 2016
A BULA DE MARÇO
A BULA de Março recolhe algumas das observações de leituras em lugares
públicos que eu e os meus discípulos peripatéticos temos registado. Esta
iniciativa é uma bofetada de luva branca na bochecha de todos aqueles
que continuam a achar que a observação de leituras em lugares públicos é
uma actividade sem interesse, quiçá sediciosa. Esta rubrica continuará a
existir no meu blog, contra tudo e contra todos e quebrando todos os
tabus.
quinta-feira, fevereiro 18, 2016
EMBRASSER LA TABLE
Ici la chronique rapporte que le conférencier se pencha vers la table, jusqu'à l'embrasser. (Note de l'Éditeur.)
(Francis Ponge, Méthodes, Folio/Gallimard, 1999, p.215)
(Francis Ponge, Méthodes, Folio/Gallimard, 1999, p.215)
quarta-feira, fevereiro 10, 2016
segunda-feira, fevereiro 01, 2016
LEITURAS EM LUGARES PÚBLICOS
Na linha verde do metropolitano, uma leitora lia "À Espera no Centeio", de Salinger.
Eis a prova viva de que uma história de rebelião adolescente na América dos anos 50 pode ter repercussões na Telheiras do século XXI.
Eis a prova viva de que uma história de rebelião adolescente na América dos anos 50 pode ter repercussões na Telheiras do século XXI.
sábado, janeiro 30, 2016
JR
Morreu Jacques Rivette (ontem). Não tenho ânimo para palavras, considerações, tentativas de obituário. Nem sequer para imagens. Aquela que ocupa o cabeçalho deste blog, retirada do filme "Céline et Julie Vont en Bateau", é uma homenagem permanente que não tem nada a ver com acidentes terrenos como a vida e a morte.
Este blog está de luto carregado.
Bem sei que a obra permanecerá, mas o que eu queria era que nem a obra nem a pessoa deixassem de existir.
Este blog está de luto carregado.
Bem sei que a obra permanecerá, mas o que eu queria era que nem a obra nem a pessoa deixassem de existir.
domingo, janeiro 24, 2016
L'OBJET
Donc, désirer, créer quelquer chose qui ait les qualités de l'objet, rien ne me semble plus normal. On m'a reproché de tendre à l'objet ; certains m'en ont félicité, d'autres me l'ont reproché. Eh bien, il me semble que c'est au fond à quoi tendent (selon le raisonnement que je vous tiens à l'instant) tous ceux qui écrivent, quels qu'ils soient.
(Francis Ponge, Méthodes, Folio/Gallimard, 1999, p. 197)
(Francis Ponge, Méthodes, Folio/Gallimard, 1999, p. 197)
sexta-feira, janeiro 22, 2016
NÓTULAS POLÍTICAS EM TEMPOS BASTANTE INTERESSANTES
Há sobretudo um mundo que o separa do seu principal adversário, essa invenção da retórica barroca que se chama Sampaio da Nóvoa, um professor que conseguiu chegar a reitor sem ter obtido nenhum dos seus títulos académicos em Portugal, um académico que não tem investigação de relevo publicada em revistas internacionais, mas mesmo assim um sedutor e alguém que teve artes de atribuir, como reitor da Universidade de Lisboa, doutoramentos “honoris causa” aos três ex-Presidentes da República que o apoiam. (José Manuel Fernandes)
Estes tempos bastante interessantes que atravessamos trazem à superfície aquilo que de mais descarado, rasteiro e delirante as pessoas trazem dentro de si. Tratando-se de JM Fernandes, o que de mais rasteiro ele tem vem directamente da fossa séptica, sem intermediação. Revolta-me particularmente a alusão aos títulos académicos obtidos fora de Portugal. Qual é o problema disso? Só alguém tão tacanho e ressabiado como JMF se lembraria de uma destas. António Sampaio da Nóvoa tem uma licenciatura e um doutoramento em Ciências da Educação pela Universidade de Genebra e um segundo doutoramento, em História Moderna e Contemporânea, pela Universidade de Paris IV. Isto não faz necessariamente dele um bom candidato a Presidente, mas devia livrá-lo de alusões toscas e maldosas sobre o seu currículo académico. Se JMF está a tentar pôr em causa a qualidade destas universidades, então força. Ficarei a assistir da bancada a esse interessante exercício.
Estes tempos bastante interessantes que atravessamos trazem à superfície aquilo que de mais descarado, rasteiro e delirante as pessoas trazem dentro de si. Tratando-se de JM Fernandes, o que de mais rasteiro ele tem vem directamente da fossa séptica, sem intermediação. Revolta-me particularmente a alusão aos títulos académicos obtidos fora de Portugal. Qual é o problema disso? Só alguém tão tacanho e ressabiado como JMF se lembraria de uma destas. António Sampaio da Nóvoa tem uma licenciatura e um doutoramento em Ciências da Educação pela Universidade de Genebra e um segundo doutoramento, em História Moderna e Contemporânea, pela Universidade de Paris IV. Isto não faz necessariamente dele um bom candidato a Presidente, mas devia livrá-lo de alusões toscas e maldosas sobre o seu currículo académico. Se JMF está a tentar pôr em causa a qualidade destas universidades, então força. Ficarei a assistir da bancada a esse interessante exercício.
quarta-feira, janeiro 20, 2016
NON-SIGNIFICATION
Ainsi (...), la non-signification du monde peut bien désespérer ceux qui, croyant (paradoxalement) encore aux idées, s'obligent à en déduire une philosophie ou une morale. Elle ne saurait désespérer les poètes, car eux ne travaillent pas à partir d'idées, mais disons grossièrements de mots. Dès lors, nulles conséquences. Sinon quelque réconciliation profonde : création et récréation. C'est que pour eux enfin, qu'il signifie ou non quelque chose, le monde fonctionne. Et voilà bien après tout ce qu'on leur demande (aux œuvres comme au monde) : la vie.
(Francis Ponge, Méthodes, Folio/Gallimard, 1999, p.161)
(Francis Ponge, Méthodes, Folio/Gallimard, 1999, p.161)
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