quinta-feira, janeiro 31, 2008
segunda-feira, janeiro 28, 2008
- Fejria Deliba e Benoît Régent em "La Bande des Quatre", de Jacques Rivette.
- Laure Marsac e Sandrine Bonnaire em "Secret Défense", de Jacques Rivette.
- Jerzy Radziwilowicz e Emmanuelle Béart em "Histoire de Marie et Julien", de Jacques Rivette.
Julgo recordar-me de uma outra cena, também em "Secret Défense", onde Jerzy Radziwilowicz persuade/força uma das personagens (mas qual delas?) a largar uma arma. Tenho o DVD ao alcance da mão. Assim a minha vida de observador da vida selvagem mo permita, tentarei localizar a cena em questão. Assim que tiver novidades, os leitores serão os primeiros a saber.
Fevereiro e Março serão meses euforicamente vividos sob o signo de Rivette, por ocasião dos 80 anos desse franzino filho de um farmacêutico de Rouen, e da retrospectiva que a Cinemateca lhe dedicará.
domingo, janeiro 27, 2008
Esta é uma bofetada de luva branca em todos aqueles (e são legião!) que duvidavam da minha vocação para fotógrafo da vida selvagem.
O habitat destas simpáticas criaturas concentra-se nas zonas mais inóspitas e inacessíveis da região da East Anglia. Foi um colossal golpe de sorte deparar com uma em pleno centro de Cambridge, a dois passos do museu Fitzwilliam (aberto de terça a sábado das 10 da manhã às 5 da tarde, aos domingos do meio-dia às 5 da tarde, entrada livre).
A minha afinidade para com os esquilos tem já uma longa história. Por exemplo, certa vez um vivaço membro desta espécie atravessou-se à minha frente em pleno parque de Schönbrunn. A princípio, confundi a sua atitude, demasiado amigável, com um gesto de agressividade, quando afinal se tratava somente da natural manifestação de uma apurada vontade de socializar. Considerei a hipótese de o adoptar, mas receei que a mudança de Viena para Lisboa pudesse acarretar consequências negativas para a qualidade de vida do animalzito.
sábado, janeiro 26, 2008
segunda-feira, janeiro 21, 2008
Como xadrezista, foi um dos maiores talentos do século XX. Durante curtos períodos, exerceu um domínio avassalador sobre os seus pares, com poucos paralelos na história da modalidade. (Estou a pensar, em particular, no período que mediou entre o interzonal de Palma de Maiorca de 1970 e o match final do torneio dos candidatos contra Petrossian, em 1971.) A sua carreira foi mais curta e esparsa do que a de outros campeões do mundo, como Lasker, Capablanca, Alekhine, Karpov ou Kasparov, o que forçosamente condiciona qualquer comparação que se pretenda fazer entre eles. O seu estilo era enérgico, agressivo e pragmático.
Como pessoa, era execrável. Durante a sua carreira profissional, era conhecido pelo egocentrismo, pela falta de urbanidade e pelos seus caprichos. Na fase final da sua vida, resvalou por uma arrepiante espiral descendente que o levou à paranóia, ao anti-semitismo e à mania da perseguição. Na sequência dos atentados de 11 de Setembro, declarou "This is all wonderful news". É interessante constatar como o seu enorme talento parece ter servido como atenuante para as suas acções e declarações deploráveis. Até ao seu desaparecimento, nunca faltaram os amigos e ex-amigos prontos a desculparem-no. O governo da Islândia achou por bem conceder-lhe cidadania honorária, o que lhe permitiu viver os seus últimos anos em tranquilidade e segurança.
Fischer foi possivelmente a figura que maior influência e impacto teve no xadrez, na era moderna. O mediatismo que rodeou a sua disputa com Boris Spassky em 1972, que o levou ao título do campeão do mundo, representou um pico de popularidade e visibilidade que o xadrez muito dificilmente voltará a alcançar. Ao morrer, Fischer não se transformou em lenda. Reduzido a uma caricatura de si próprio, era já como lenda que ele sobrevivia no imaginário dos que o admiravam. E ninguém que aprecie o xadrez pode deixar de admirar profundamente aquilo que Fischer nos legou de mais precioso: a sua paixão por este jogo sublime, e as suas partidas.
quarta-feira, janeiro 16, 2008
quinta-feira, janeiro 10, 2008
terça-feira, janeiro 08, 2008
domingo, janeiro 06, 2008
quarta-feira, janeiro 02, 2008
- Provoca forte e duradoura impressão no espectador.
- Presta-se a que sobre ele se reflicta (o que exclui arrufos e meras reacções do foro visceral).
- Essa impressão interage com os (mais ou menos voláteis) estados de espírito que marcaram uma determinada fase da vida do espectador.
Passando à prática, é com prazer que respondo ao desafio lançado pelo Sérgio do Auto-Retrato (há mais de 2 meses, é certo, um tempo de reacção que faz jus às tradições deste blog):
- "L'Annonce Faite à Marie" (Alain Cuny)
- "Rumble Fish" (Francis Ford Coppola)
- "Shakespeare-Wallah" (James Ivory)
- "Signs & Wonders" (Jonathan Nossiter)
- "All the Vermeers In New York" (Jon Jost)
(5 de entre os 50 ou mais que poderia escolher. Demasiados filmes para tão pouca vida?)